A senadora eleita Damares Alves, ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo de Jair Bolsonaro (PL), denunciou uma suposta rota de tráfico de crianças transformadas em escravas sexuais. O comércio ocorreria a partir da Ilha de Marajó, no Estado do Pará. Segundo ela, as vítimas teriam os dentes arrancados para que não machucarem os seus abusadores durante os crimes.
As afirmações foram feitas pela senadora eleita durante um culto realizado na Assembleia de Deus Ministério da Fama na cidade de Goiânia (Goiás) durante o último sábado (08/10). “Nós temos imagens de crianças nossas, brasileiras, de quatro anos, três anos, que, quando cruzam as fronteiras, sequestradas, têm os seus dentinhos arrancados para elas não morderem na hora do sexo oral.
Em outro trecho do repugnante relato, Damares Alves afirma que tais crianças seriam submetidas a um tipo de dieta com alimentos pastosos para que fossem abusadas. “Nós descobrimos que essas crianças comem comida pastosa, para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal”, disse a ex-ministra.
Damares Alves alega ter obtido as informações no período em que ocupou o cargo de ministra do governo de Jair Bolsonaro entre janeiro de 2019 a março de 2022. A senadora eleita disse ter acesso a vídeos e fotos que mostram bebês e crianças de até cinco anos de idade sendo vítimas de abusos. Segundo ela, o número de crimes desta natureza havia explodido nos últimos sete anos, sobretudo com relação a recém-nascidos.
Nas redes sociais, muitos internautas levantaram a tese de que tais declarações de Damares Alves sejam falsas, tendo em vista que a senadora eleita não trouxe nenhuma prova – a exemplo de investigações feitas pelo ministério que ocupava ou pela PF (Polícia Federal). Comentários publicados no Twitter especulam que a ex-ministra tenha adotado esse discurso com o intuito de angariar votos para Jair Bolsonaro.
Via: odia.ig.com.br
