O chamado ‘fungo negro’, que vem sendo creditado como um problema potencialmente epidêmico na Índia, tem gerado preocupação em todo mundo. O fungo, associado com a covid-19, tem gerado um problema de ordem pública no país.
No Brasil não é diferente, existe uma grande preocupação. No entanto, o fungo negro não é nenhuma novidade na prática. A mucormicose vem sendo tratada como um “pesadelo” dentro da pandemia na Índia, mas já existe há muito tempo no Brasil.
Especialistas, como os professores Alessandro Comarú Pasqualotto e Flávio de Queiroz Telles Filho, concordam que o potencial pandêmico do fungo é baixo. O cenário vivido na Índia não deve se repetir no Brasil, ou em outros lugares do mundo.
Em grande parte, isso se deve as condições sanitárias entre os países. A Índia é um dos países com maior número de diabéticos do mundo, conhecida também por gargalos sanitários gravíssimos e áreas de grande pobreza. A soma desses fatores resulta em um número elevado de pessoas com o sistema imunológico comprometido, o que foi ainda mais impulsionado pela pandemia da covid-19.
O Uruguai recentemente confirmou o primeiro caso de mucormicose, o que ampliou a apreensão no Brasil e demais países sul americanos. O medo é justificado e não se deve baixar a guarda, mas a verdade é que o “fungo negro” já existe no país há anos.
É importante estar atento a questões sanitárias porque os fungos se aproveitam de áreas pouco arejadas e úmidas para crescer. A preocupação é natural e não pode ser considerada desnecessária. Ainda assim, é importante entender que o surto de mucormicose é pouco provável no Brasil.
Via: g1.globo.com
