Imagine entrar em uma unidade de saúde para receber tratamento e descobrir, depois do atendimento, que na verdade você foi atendido por um impostor. Foi essa a experiência enfrentada por pacientes de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Rio de Janeiro.
Aleksandro Gueivara, como o homem se identificou na unidade, começou a levantar suspeitas dos colegas depois de escrever receitas com mau uso do português, errando questões ortográficas. Mas não foi apenas isso, os demais funcionários achavam estranho que o homem não usava o sistema.
“Uma farmacêutica achou estranho porque ele não sabia usar o sistema, estava prescrevendo manualmente os medicamentos“, afirmou um dos funcionários. “E na escrita dele tinha muito erro de português, erros bizarros, e uma caligrafia péssima“, afirmou.
Outro ponto que levantou suspeitas foi alguns pacientes terem dificuldade para comprar medicamentos porque o CRM informado pelo médico não existe no sistema. A sucessão de fatos levou a uma investigação interna, que constatou a falsidade.
Segundo investigação, o CRM informado por Aleksandro não existia no Rio, mas é usado legalmente por duas médicas: uma em Minas Gerais e uma em São Paulo. O homem foi cortado do quadro de funcionários da Unidade e teve o salário suspenso.
A contratação foi feita pela Organização Social Viva Rio, que confirmou as irregularidades e informou que registraria o caso em uma delegacia. O homem não foi encontrado por nenhuma reportagem para contar seu lado da história.
Via: noticias.uol.com.br
