Desde o começo do mês, a polícia civil de Praia Grande, em São Paulo, investiga um caso que começou como uma suspeita de tráfico de crianças. No entanto, novas evidências levaram a uma reviravolta que chama a atenção.
Um empresário, de 33 anos, chegou a ser preso acusado de comprar um bebê. A polícia descobriu o caso depois de uma denúncia da mãe biológica da criança, que alegava ter sido agredida pelo parceiro, que teria tomado o bebê dela e o vendido.
Na época, o empresário alegou que conheceu a mãe biológica da criança por meio de uma rede social e que havia ajudado a mulher durante a gestação, mas negou ter comprado a criança. O empresário afirma que a mulher doou a criança, algo que não é ilegal.
A princípio, o homem chegou a ser preso sob suspeita de ter comprado a criança. O pai biológico do bebê também teve a prisão decretada, mas conseguiu fugir. No entanto, os investigadores acabaram descobrindo que a versão contada pelo empresário era verdadeira.
O homem explica que havia entrado em contato com um advogado para prosseguir com a adoção através dos recursos legais, mas alega ter sido pressionado pela mãe biológica da criança, que ameaçava deixar o bebê em um abrigo.
“Em momento algum imaginei que ir ao cartório registrar era ilegal. Eu agi com medo”, alega. Menos de um mês depois de levar o bebê para casa, com o consentimento da mãe de acordo com ele, a prisão foi efetuada.
A defesa do empresário afirma que o homem foi vítima de um golpe. Agora, o empresário tenta na Justiça recuperar a guarda do bebê. ” gente vai tentar recuperar, quereremos nosso filho de volta, pelos meios legais”, afirma.
O QUE DIZ A LEI
A legislação brasileira condena a “entrega” de crianças e prevê regras para a adoção. A doação de um bebê ou criança não é ilegal. Ou seja, uma mãe pode doar um bebê, mesmo recém-nascido, mas essa criança precisa dar entrada no sistema de adoção e não pode ser diretamente entregue a outra família, ainda que não haja transação financeira envolvida.
Via: g1.globo.com