Em Santa Catarina, a família Louro Caneppa tenta suportar a dor dos últimos meses. Aos 72 anos, João Caneppa foi o primeiro a testar positivo para a covid-19. O patriarca era médico e faleceu no último dia 15 de março.
Pouco tempo depois, Neuza Caneppa, professora de 66 anos, também morreu. Vítima da doença, a matriarca partiu no último 13 de abril. O casal deixou filhos e esperava a chegada de mais um neto, já que a filha Carmela estava grávida.
Aos 36 anos, Carmela seguiu a profissão do pai. Ela estava grávida de 5 meses, mas contraiu a doença e também não resistiu. De acordo com informações apuradas pelo UOL, Carmela chegou a ficar internada, mas não resistiu, o bebê também não resistiu.
Rodrigo Caneppa, de 40 anos, conta que o pai foi o primeiro a se contaminar. Ele acredita que o pai tenha contraído a doença durante o trabalho, enquanto atendia algum paciente. Depois, a mãe e a irmã contraíram o vírus do pai, acredita Rodrigo.
O engenheiro eletricista também se orgulha da trajetória dos pais, bem como da irmã. Ele afirma que se surpreendeu com o carinho recebido e destaca a trajetória profissional como um grande legado da família.
“Não imaginávamos o tamanho do carinho que a população e amigos tinham por eles. Os três dedicaram as suas carreiras para atender cidade pequena, não escolheram os grandes centros. O pessoal tinha muito carinho mesmo”, afirmou.
João poderia ter se aposentado, mas escolheu continuar trabalhando na pandemia porque a cidade é pequena e existe uma escassez de médicos. Neuza, por sua vez, já era aposentada mas continuou trabalhando em projetos culturais.
Via: noticias.uol.com.br