A Colômbia enfrenta tensões políticas que explodiram em manifestações civis nas ruas, que vem escalando em intensidade e, de acordo com levantamento de entidades não governamentais, 19 pessoas já morreram – um policial e 18 civis.
A Organização das Nações Unidas se manifestou sobre as reações da polícia contra os manifestantes e observou “uso excessivo da força”. As manifestações tiveram início depois que o governo colocou em discussão uma proposta de reforma tributária.
A proposta colocou o presidente Ivan Duque em meio a críticas vindas tanto da oposição, quanto de seus próprios aliados. Para a maioria da população, a reforma vai cobrar do bolso dos mais pobres. Um ministro já renunciou desde o início dos protestos.
De acordo com a Defensoria do Povo, as manifestações são compostas por uma ampla representação da população civil, incluindo estudantes, indígenas, sindicatos e oposição política. Em algumas cidades, o governo enviou o exército para conter manifestantes.
Ainda não há consenso sobre o número de mortes, mas os levantamentos apontam entre 20 e 30, enquanto cerca de 846 pessoas já ficaram feridas. A tensão no país também se deve ao avanço da pandemia da covid-19.
Pressionado, o presidente determinou que a proposta fosse retirada de pauta. O governo agora deve discutir uma nova formulação para a chamada “Lei de solidariedade sustentável”. A Colômbia ocupa a quarta maior economia da América Latina, mas enfrenta uma crise de anos, que se espalha.
Via: g1.globo.com
